"O jornalismo faz a diferença"
No Dia Mundial da Notícia (World News Day), que se celebra esta quarta-feira, lembramos porque é crucial o envolvimento dos leitores num projeto de proximidade como o do mediotejo.net, contribuindo financeiramente para que possamos fazer mais e melhor jornalismo.
Perante os desafios de um mundo em guerra, em luta contra (mais uma) crise financeira e que ainda não superou definitivamente a maior crise de saúde pública global dos últimos 100 anos, o jornalismo tem de reforçar o seu papel de antídoto contra a desinformação, afirmando-se como parte fundamental na construção de soluções. Essa é a mensagem em foco no Dia Mundial da Notícia (World News Day), que se celebra esta quarta-feira, 28 de setembro.
“Sem factos, a liberdade e a democracia podem fracassar. O jornalismo no seu melhor pode fazer – e faz – a diferença na vida das pessoas, das nossas comunidades, dos nossos países e no futuro do nosso planeta”, lembra Kathy English, uma das diretoras da iniciativa promovida pelo Fórum Mundial de Editores (WEF), da Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA), frisando a importância do reforço da imprensa profissional, que publica informações confiáveis para que os cidadãos possam tomar as suas próprias decisões, de forma livre e independente.
"O jornalismo faz a diferença" é o lema da campanha que é divulgada neste Dia Mundial da Notícia em órgãos de comunicação social de todo o mundo.
Cada um de nós, cidadãos, deve assumir a sua quota parte de responsabilidade social na promoção de uma imprensa livre e de qualidade. Por isso, consideramos ser crucial o envolvimento dos leitores num projeto de proximidade, como é o do mediotejo.net, e a sua disponibilidade para contribuirem financeiramente para que possamos fazer mais e melhor jornalismo.
Esse foi um dos pontos que foquei numa intervenção em Abrantes, no passado dia 15 de setembro, Dia Mundial da Democracia, como oradora convidada no debate “Democracia e Jornalismo - O papel da imprensa local e regional”, promovido pelo Movimento AlternativaCom, e que também teve como orador João Paulo Batalha, presidente da associação cívica Transparência e Integridade.
Em teoria, todos os cidadãos entendem que não é possível haver jornalistas profissionais, dedicados a tempo inteiro a um jornal, sem que o seu trabalho seja pago. Mas quem o paga? O modelo de negócio assente na faturação de publicidade não é sustentável há várias décadas. Foi sendo complementado com o preço de venda dos jornais ao público (em papel, porque na Internet assumiu-se que a gratuitidade era um "direito"...), inúmeras ações de marketing e injeções (nem sempre claras) de capitais públicos e privados.
No caso da imprensa regional, a cada vez maior dependência de apoios ou contratos das Câmaras Municipais coloca os jornalistas numa posição ingrata e naturalmente mais fragilizada – mesmo que um presidente nunca faça pressões sobre a direção ou que, se as fizer, a direção nunca ceda. Como diz o povo, "à mulher de César não basta ser, é preciso parecer". E poucos acreditam na reiterada capacidade de dizer "não" a quem garante todos os dias que há comida na mesa.
Além disso, é um conceito básico de Economia: nenhum negócio pode ter a sua sustentabilidade assegurada se depender exageradamente de um só cliente. Por isso, é urgente diversificar e, no caso do mediotejo.net, isso significa ter mais clientes a fazer publicidade, aproveitando a ponte para as 250 mil pessoas que nos leem todos os meses (se tem uma empresa na região, veja as oportunidades que a nossa diretora comercial tem para lhe oferecer) (Opens in a new window), e conseguir converter uma parte dos nossos leitores mais fiéis em assinantes.
Criámos em maio deste ano uma plataforma para membros (Opens in a new window) e, porque sabemos que as mudanças não se podem fazer de um dia para o outro, a maioria das notícias do jornal ainda é de acesso livre. Mas, a partir de outubro, só aqueles que se juntarem à nossa Comunidade de Leitores (Opens in a new window) vão poder ler artigos exclusivos, sobretudo temas de investigação e reportagens de fundo – o tipo de jornalismo que sentimos fazer mais falta na região, mas que também exige de nós mais tempo, mais recursos e mais investimento.
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Se 1% se comprometer connosco neste caminho, teremos 1.500 assinantes – o necessário para que o jornal tenha garantida a sua independência e sustentabilidade financeira por mais um ano. É só isso que procuramos, não o lucro desmedido. Junte-se à nossa Comunidade de Leitores (Opens in a new window), apoie o jornalismo que faz a diferença.
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