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Condições climatéricas desta semana são “cocktail explosivo”, alerta presidente da Proteção Civil de Santarém

Na região do Médio Tejo, o pico da onda de calor deve registar-se esta quarta-feira, 13 de julho, e 11 dos 13 concelhos estão em alerta vermelho do IPMA, com risco máximo de incêndio, podendo ser emitido ainda um aviso vermelho da Direção-Geral de Saúde, como explica Anabela Freitas, presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém, em entrevista ao mediotejo.net, adiantando que os municípios estão em alerta para apoiar a população nestes dias em que podem ser batidos recordes de temperatura máxima – se for necessário, poderão até ser retiradas pessoas das suas habitações.

Anabela Freitas fala de um “cocktail explosivo”, com conjugação de fatores de altas temperaturas, vento, baixa humidade e trovoadas secas. Refere ainda o que a Proteção Civil está a fazer, fala das festas de aldeia, exemplos do que não se pode fazer e de precauções que se impõem, particularmente nestes dias.

Confira toda a informação aqui. (Opens in a new window)

Vale do Tejo pode bater recordes de temperatura

A nível europeu, a temperatura mais elevada alguma vez registada registou-se numa onda de calor semelhante, no ano passado, em Siracusa, na Sicília (Itália), que atingiu 48,8 graus Celsius. Não sendo impossível que se alcancem esses valores esta semana em Portugal – as previsões do IPMA colocam a zona do Vale do Tejo como a mais "infernal" nesta onda de calor – as previsões apontam para máximos entre os 46 e os 47 graus.

Em Portugal, o recorde mantém-se inalterado desde 2003, quando a estação meteorológica da Amareleja, no Alentejo, registou 47,4º graus. O segundo registo mais alto no país aconteceu em 2018, quando os termómetros oficiais marcaram 46,8ºC em Alvega, no concelho de Abrantes.

Estes valores surgem sempre associados a ondas de calor – ou seja, quando num intervalo de pelo menos seis dias consecutivos a temperatura máxima é superior em 5º C ao valor médio diário no período de referência.

Em Portugal são de má memória os anos de 2003, 2015, 2017 e 2018, devido aos incêndios que ocorreram durante ondas de calor “anormais”. Contudo, este será o nosso “novo normal”, avisam há muitos os especialistas em alterações climáticas. As ondas de calor serão cada vez mais frequentes e intensas.

Além do risco aumentado de incêndios de grandes proporções, as ondas de calor têm um forte impacto na saúde, sobretudo nos mais velhos. Em 2003, classificado como o pior ano registado na Europa, morreram cerca de 70 mil pessoas em consequência do calor extremo, segundo dados oficiais da União Europeia.

Cuidados a ter

Ingestão de Líquidos
Mesmo sem sede, beber com regularidade água e sumos naturais, que também fazem a reposição de sais minerais; Incentivar os idosos e as crianças a beberem mais líquidos. Evitar bebidas que aumentam a desidratação, como as bebidas alcoólicas e bebidas gaseificadas, com cafeína, ricas em açúcar ou quentes.

Refeições
Fazer refeições mais ligeiras, com pouca gordura e condimentos, várias vezes ao dia.

Vestuário
Usar roupas leves de algodão e de cores claras (as cores escuras absorvem maior quantidade de calor); evitar fibras sintéticas, porque aumentam a transpiração,

Em casa
Durante o dia, abrir as janelas e manter as persianas fechadas, para haver circulação de ar; de noite, abrir as janelas para que o ar circule e a casa arrefeça; nas horas de maior calor tomar um duche, mas não com água muito fria: o ideal é com água tépida.

Na rua
Proteger a cabeça com chapéu ou lenço; evitar estar em pé durante muito tempo, especialmente em filas e ao sol; ir à praia só nas primeiras horas da manhã ou ao fim do dia, ficando à sombra, com chapéu, óculos escuros e protector solar. Evitar exercício físico e atividades laborais que exijam muito esforço.

Viagens de carro
Optar por viagens nas horas de menos calor; não fechar totalmente as janelas, a não ser que tenha o ar condicionado sempre ligado; redobrar cuidados com bebés, crianças e idosos, mantendo-os arejados e hidratados; no transporte de animais domésticos, dar-lhes água com frequência e não os deixar fechados.

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